Só lhe queria mais a auto-estima...
terça-feira, 21 de abril de 2009
Auto-estima
Só lhe queria mais a auto-estima...
domingo, 19 de abril de 2009
E então?
É por estas e por outras que *odeio* o Governo vigente.
A Lei 40/2007 de 24 de Agosto veio criar o regime de constituição imediata de associações. A matéria recai em domínio concorrencial de criação legislativa – significa que tanto a Assembleia da República (= Parlamento, para quem não o saiba) como o Governo podem legislar sobre ela. Ou seja, se a AR faz uma lei, o Gov pode fazer um decreto-lei que a altera.
Foi o que aconteceu: o Decreto-Lei 247-B/2008, de 30 de Dezembro veio simplificar a simplificação operada pela Lei 40/2007. Reparemos que pouco mais de um ano se passou entre os dois diplomas legais...
Não levem a mal o tom resmungado, eu até seria socialista se o actual PS o fosse... É só que me chateia um pouco que o órgão governamental desautorize o ógão parlamentar desta forma.
Agora descasquei-me a rir-me. Acabo de me lembrar que temos uma maioria absoluta – a vontade do Governo casa-se com a vontade da AR, já que temos “socialismo” (reforcem-se as aspas) nos dois órgãos constitucionais. O equilíbrio procurado no sistema de governo teorizado torna-se impraticável nestas condições (salvo nas situações em que o audaz Manuel Alegre consegue puxar mais uns quantos companheiros de partido a votar contra as iluminadas propostas da bancada socialista).
Então, se as ideias são as mesmas, o que a AR obesamente socialista quer é o que o Governo quer.
Então, teremos o próprio partido a desautorizar-se e contradizer-se...
Então porque não houve regime simplificado desde o início, se é tão espertinho o nosso conselho ministerial?
E então, num ano acha-se que sim e no outro acha-se que sim não chega?
Mas então, por que diabos fazem os juristas e os aspirantes a juristas andar a saltitar de lei em decreto-lei?
Mas então o simplex é a encarnação de tudo o que é bom?
Mas então, por que diabos se altera a mesma coisa no espaço de um ano? Não há coisas mais urgentes a tratar?
E então?
Então?!
Ainda bem que este ano há eleições...!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
A ervilha
Hoje atirei uma ervilha para a sopa do P., estava a Alta-Autoridade de costas e sem possibilidade de testemunhar ocularmente a ocorrência. Resultado?
P. - MÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃE!!!! *riso histérico perante a dança vitoriosa de R.* ELA atirou-me uma ervilha p'rá sopaaaaa!
M. - Come e cala-te.
R. - *abafa o riso, sentindo-se a maior fuinha deste mundo*
P. - *afasta a ervilha para a beira do prato, olhando R. de lado* Uam quero...
M. - Vê lá se tenho de ir aí.
R. - *aponta para P., um sorriso maroto de orelha a orelha, faz menção de bater palmas*
P. - *revolta da criancinha, que, ainda rindo, se encontra revestido de magna fúria*
O P. pegou na ervilha com dois dedinhos, cheirou-a, simulou enjoo e, posto um berro da parte da Alta-Autoridade, enfiou-a na boca e mastigou penosamente. Eu ria-me na cara dele com a maior lata deste mundo.
Ainda lhe quis atirar milho doce também, mas haja limites à ambição humana. Certo foi que, por uma vez, o P. bebeu do seu próprio veneno... =P